Com cerca de três milhões de habitantes, Lisboa é o maior polo económico, tecnológico e universitário do país. A densidade populacional, o turismo em massa e a rápida valorização imobiliária criam pressões singulares:

• Custo de vida elevado e instabilidade habitacional — rendas em escalada e necessidade de partilhar casa levam a ansiedade financeira, medo de despejo e stress familiar, sobretudo em Lisboa, Cascais, Oeiras e Amadora.

• Trânsito intenso e longos tempos de deslocação — quem viaja diariamente no IC19, na A5 ou na Linha de Sintra experimenta irritabilidade, fadiga crónica e menor disponibilidade para o convívio familiar.

• Mercado de trabalho altamente competitivo — profissionais de fintech, consultoria e startups no Hub de Lisboa enfrentam metas ambiciosas, cultura de “always on” e risco de burnout.

• Pressão académica — estudantes da Universidade de Lisboa, Nova, Católica e ISCTE lidam com programas de excelência, competição por bolsas e exigências de publicação científica.

• Turismo de massa — comércio e hotelaria em Alfama, Baixa ou Belém funcionam em horários prolongados, criando fadiga, horários irregulares de sono e contacto frequente com conflitos interpessoais.

• Envelhecimento em freguesias periféricas — Sobral de Monte Agraço, Azambuja ou Cadaval têm percentagem elevada de idosos que vivem sós, favorecendo depressão tardia, luto prolongado e ansiedade de saúde.

• Diversidade cultural — comunidades brasileiras, cabo-verdianas, angolanas, nepalesas e indianas enfrentam choques de integração, barreiras linguísticas e discriminação, aumentando risco de stress de adaptação.