O stress é, em si, uma resposta biológica adaptativa que nos prepara para enfrentar desafios. Contudo, quando as exigências se mantêm de forma prolongada e excedem a capacidade de adaptação, instala-se o stress crónico — estado de hiperativação fisiológica e psicológica sustentado, associado a alterações no eixo hipotálamo-hipófise-adrenal e a níveis elevados de cortisol.

Este quadro está ligado a problemas cardiovasculares, imunológicos e de saúde mental, sendo reconhecido como fator de risco para ansiedade, depressão e síndrome de burnout.

Causas e fatores de manutenção

• Sobrecarga laboral ou académica — prazos apertados, multitarefa constante e falta de reconhecimento.
• Conflitos interpessoais — relações tóxicas, falta de apoio social ou exigências familiares intensas.
• Incerteza económica — desemprego, dívidas, pressão para manter padrão de vida elevado.
• Perfeccionismo e auto-crítica elevada — padrões internos irrealistas, receio extremo de falhar.
• Falta de recuperação — horas de sono insuficientes, ausência de tempo de lazer, sedentarismo.
• Experiências prévias de trauma ou stress precoce — podem diminuir a resiliência fisiológica ao stress.